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segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Matéria - Marcos Bento

A questão do conhecimento na Idade Moderna


“Penso, logo existo”


A filosofia ocidental da Idade Moderna:
- rompeu com fé cristã
- A cultura clássica volta a fascinar
- O mundo passa a ser visto como disperso, múltiplo e relativo



O Renascimento Cultural, a partir do século XV, foi o marco inicial da Idade Moderna. E também da filosofia moder­na.


Precedido pelo Renascimento Comercial e Urbano, que estabeleceu a economia de mercado e os princípios do Estado Moderno, o Renascimento Cultural teve início nas cidades italianas de Florença, Milão e Roma


Esse pensamento passou para a História com o nome de Humanismo Renascentista. Humanismo, devido à revalorização dos ideais clássicos que preconizavam que “o homem é a medida do próprio homem”.


Renascentista, porque ressaltava uma característica nova em relação ao humanismo clássico: o individualismo. Lentamente, o teocentrismo (Deus como centro do universo) foi sendo substituído pelo antropocentrismo (o homem como o centro do universo).


Uma das grandes preocupações da Filosofia desse período passou a ser com a questão do método, baseado de ponta a ponta na matemática. O conhecimento deveria pressupor ordem e método rigorosos.

A razão, entendida como uma capa­cidade inerente a cada homem, coloca o filósofo moderno como “sujeito” do conhecimento, enquanto o mundo torna-se o “objeto” do conhecimento. Assim, no final do século XVI, a escolástica cedeu lugar a um conhecimento cada vez mais centrado na figura humana.




Cogito ergo sum


“Penso, logo existo”
A filosofia de Descartes segue a mesma proposta de Sócrates e Platão, ou seja, ter a razão como instrumento fundamental de conhecimento.

Para Descartes a pensar é propriamente questionar, duvidar: a dúvi­da serve como método para o sujeito que pretende conhecer determinado objeto.


Entretanto, a dúvida cartesiana não é a mesma dos céticos gregos (o cético pode ser entendido como aquele que não acredita em nada); para Descartes, a dúvida deve ser empreendida enquanto método e por isso a chamamos de “dúvida metódica”.


A dúvida sistemática me permite encontrar a pri­meira e inquestionável grande certeza: existo porque sou antes de tudo uma coisa pensante. Dessa maneira, Descar­tes retoma a importância da razão como fonte primeira do conhecimento verdadeiro. Um ser que pensa tem uma com­preensão real.

As idéias produzidas pela razão são chamadas por Des­cartes de idéias claras e distintas. Elas correspondem a verdades inquestionáveis e são inatas, ou seja, já nascemos com elas. Mas de onde vêm essas idéias?

A resposta está na existência ou não de Deus. Descartes preocupou-se com essa questão e, para ele, a existência di­vina era evidente, visto que, se pensamos em Deus é porque ele existe, já que nada daquilo em que pensamos é inexis­tente, pois pensar é sinônimo de existir.





Essa idéia não poderia vir da razão (do cogito), pois “eu não teria a idéia de uma substância infinita se ela não tivesse sido colocada em mim por alguma substância que fosse verdadeiramente infinita”. Essa substância verdadei­ramente infinita, no caso, é Deus.


A corrente filosófica cartesiana é conhecida como ra­cionalismo, e seu grande mérito foi o resgate da razão. A explicação de Descartes para a existência de Deus é dada por uma seqüência de raciocínios, e não pela fé, superan­do assim o pensamento da escolástica.


- Leia a leitura complementar e produza um texto sobre as principais questões do pensamento cartesiano.(individual)
- Para dia 19/09
- Via - @profbentoem@colegiocra.com.br